domingo, 28 de março de 2021

Lenda da Caparica

 



Portugal é um país extremamente rico em estórias e mitos antigos que inspiram costumes e superstições. São às centenas as lendas portuguesas, contos, ditos e crenças populares que fazem da nossa cultura tão rica e interessante. De lobisomens a fadas, bruxas a sereias, fantasmas e almas-penadas a milagres de santos, não há criatura que o nosso folclore não inclua….



Há muitos, muitos anos, quando a Caparica era apenas um local ermo, com meia dúzia de casas, apareceu uma criança muito bonita, pobremente vestida que ninguém sabia donde vinha. 

Um velho da freguesia da Senhora do Monte tomou conta dessa menina que não sabia nada sobre a sua origem, apenas sabia que possuía aquela capa que trazia. 

O velho reparou que a capa, apesar de muito velha, era uma capa de qualidade, provavelmente pertencente a uma família rica ou mesmo nobre. Passaram-se muitos anos até que a menina se tornou numa bela jovem. 

Estando o velho às portas da morte pediu-lhe, como última vontade, que pusesse a sua capa por cima dele para o aquecer naqueles últimos momentos, dizendo à jovem que aquela capa velha era uma capa rica. 

A jovem fez-lhe a vontade e, quando o velho morreu, juntou o pouco dinheiro que restava para lhe dar uma sepultura digna. Passou dias sem comer e noites sem dormir mas tinha a consciência tranquila de ter retribuído tanto em vida como na morte a bondade do velho. 

A jovem ficou naquele casebre e envelheceu sozinha. O povo, que a achava estranha e lhe chamava bruxa, reparou que ela tinha o ritual de subir ao alto do monte e, num ar de êxtase, rezava a Deus pedindo-lhe que quando morresse o Manto Divino de Nossa Senhora do Monte cobrisse com a Sua benção todos aqueles que naquela localidade 

A veneravam. Ao terminar aquelas palavras ela pegava na sua capa velha e erguia-a ao céu. Este estranho comportamento chegou aos ouvidos do rei que a mandou vir à sua presença, acompanhada da famosa capa que todos diziam ter feitiço. A velha senhora disse ao rei que nada tinha a ver com bruxedos e que o que fazia era apenas rezar a Deus. 

Comovido, o rei mandou-a embora com uma bolsa de dinheiro e a velha continuou a sua vida solitária até que um dia morreu. Junto do corpo da Velha da Capa, que era como o povo a designava, encontraram uma carta dirigida ao rei. 

A Velha da Capa tinha descoberto na hora da sua morte que a capa era afinal uma capa rica porque tinha encontrado uma verdadeira riqueza escondida no seu forro. Pedia ao rei que utilizasse aquele tesouro para transformar aquela costa numa terra de sonho e maravilha onde houvesse saúde e alegria para todos. 

Reza a lenda que foi assim que surgiu a Costa da Caparica, em homenagem de uma menina de origem desconhecida que tinha como único bem uma capa velha que afinal era uma capa rica.

A Vaca das Cordas

 



"Já nos mais antigas e carcomidos alfarrábios guardados de há séculos na poeira dos arquivos fradescos ou camarários, se fala na corrida de toiros de Ponte de Lima, e perde-se na bruma imemorial dos mais arrecuados tempos a tradição lendária da Vaca das Cordas, que ainda hoje se realiza na linda vila do Lima, em vésperas de "Corpus Christi."

 


O Conde d' Aurora, descreve o percurso da seguinte maneira: "praxe seguida e obrigatória: dava o animal bravio três voltas à Igreja Matriz. Só depois começava a brincadeira... Trambolhões, correrias, sustos, bravatas, nódoas negras, tropelia, algazarra, e quando a vaca começa a cansar-se, é levada pelo areal, a beber ao rio. Avança a tarde, é sol posto, mais duas voltas na vila e o animal recolhe"

 


 
Todos os anos, nas vésperas do Corpo de Cristo, cumpre-se a tradição da Vaca das Cordas em Ponte de Lima.


Embora o nome da tradição seja "Vaca das Cordas" há muito que é um boi preto que corre em lugar da suposta "vaca".


O boi sai da casa do Conde d' Aurora, amarrado por cordas para percorrer as ruas da vila, dar três voltas à Igreja Matriz e voltar a percorrer as ruas até ao areal.
É durante a largada pelas ruas de ponte de Lima que os mais corajosos se aventuram a enfrentar o animal.


Miniaturas de Barcos de Vila do Conde

 


Em vila do Conde, a tradição da construção de embarcações em madeira remonta à época dos descobrimentos. Já no século XVI, os estaleiros de Vila do Conde construiram as caravelas e naus que Partiram na descoberta de novos mundos. Nos nossos dias, os artesãos de Vila do Conde continuam com a tradição, e além dos barcos maiores, fazem também miniatura que são verdadeiras obras primas pela riqueza de pormenores. Muitas dessas miniaturas são construídas dentro de garrafas.

 


 

 


 

Imagine um hotel onde os socalcos do Douro dão as mãos ao mais moderno dos designs e aos nobres dos materiais. Eis o Douro41 Hotel & Spa.

 

 

O Douro41 Hotel & Spa. Fica no lugar de Vista Alegre, em Castelo de Paiva, e goza de uma localização verdadeiramente abençoada, com vistas únicas para as paisagens do Douro Vinhateiro. 


Conta com 56 quartos e 5 suites onde predomina uma decoração minimalista e as cores neutras. Todos eles estão equipados com smart tv, wifi, máquina de café, coluna da Marshall e robe e chinelos de quarto. 


Nos espaços comuns do Douro41 Hotel & Spa, os hóspedes podem contar com 2 piscinas panorâmicas, um movie corner e até um ancoradouro com capacidade para 26 embarcações.
Um hotel inspirador para uma estadia numa das mais bonitas de Portugal.

 


 

Castelo de Penela - sobranceiro à vila, onde se destaca, no seu interior, a igreja de São Miguel, datada do século XV.

 



A ocupação militar deste outeiro é muito antiga, remontando pelo menos aos Romanos, que daqui vigiavam a estrada Mérida-Conímbriga-Braga. 

Invadida pelos Árabes em 716, foi depois retomada no séc. XI pelo Conde D. Sesnando, primeiro governador de Coimbra. O conde mandou erigir no local da alcáçova um forte castelo, que repovoou, nascendo assim um burgo cristão sob a protecção das muralhas ameiadas. 

Deste povoamento subsistem as sepulturas escavadas na rocha de desenho antropomórfico.

 

 


 
O Castelo de Penela é uma fortaleza medieval de planta irregular e recorte sinuoso, alongada no sentido Norte-Sul aproveitando o escarpado natural, pelo que os panos de muralha têm altura que varia entre 7 e 19 metros. 

Pertencia à linha defensiva do Mondego na época da Reconquista cristã, seguindo-se ao castelo de Montemor-o-Velho em ordem de grandeza. 

Na cerca de muralhas, que envolvia a vila medieval com suas casas, ruas e igreja, rasgam-se as duas portas existentes. A Porta da Vila ou do Cruzeiro (séc. XV), de arco pleno, no exterior da qual, em tempo de paz, se começou a estender o arrabalde, e a Porta da Traição para acesso aos campos. 

A brecha das desaparecidas constitui hoje a entrada mais franca e na fortaleza aqui se abria a terceira porta, virada a sul, guardada pela torre quinária, e que ligava o arrabalde mais directamente à igreja. Nas zonas mais expostas foram levantadas as torres que permitiam a defesa cruzada das quadrilhas (pano de muralha entre as torres) e das portas. 

Das doze torres que existiram até ao séc. XVIII subsistem algumas com formas arredondadas e quadrangulares, para além da quinária.

 


A torre de menagem, hoje desaparecida, datava de 1300 e erguia-se no castelejo, núcleo defensivo primitivo, que foi reedificado no séc. XV-XVI

As lutas contra os Mouros e a passagem dos séculos tomou necessária a sucessiva ampliação e restauro do castelo, prolongando a sua (re)construção dos sécs. XI ao XVI por iniciativa de vários reis, designadamente, D. Afonso Henriques, D. Sancho I, D. Dinis, D. Fernando.

A perda da importância defensiva deste castelo levou a que a sua manutenção fosse descurada e que a população começasse a utilizar as pedras noutras construções, ficando esta fortaleza cada vez mais danificada. Foi restaurada nos anos de 1940, as muralhas e as ameias caldas foram refeitas segundo o que ainda existente, e desmanteladas as casas entretanto encostadas às muralhas. A torre sineira de construção setecentista foi apeada.

A partir de 1992, e já a cargo do IPPAR procedeu-se à pavimentação dos acessos e da circulação interior do castelo, à limpeza, recuperação e consolidação das muralhas, à beneficiação do caminho de ronda com a colocação de passadiços que permitem o percurso pedonal na quase totalidade do perímetro.

A ocupação desta fortaleza resume-se hoje à igreja e à casa paroquial.

A sua construção data do séc. XI, apesar do que hoje se pode ver do Castelo remontar somente aos Séculos XIV e XV. No seu interior tem a Igreja de São Miguel, cujas primeiras origens se prendem ao séc. XII.

De salientar:
Além da Porta da Vila, tem uma outra porta, a que chamam, a da Traição ou dos Campos, que apresenta uma abertura dupla em cotovelo, integrada numa torre, o que denota a influência da tradição muçulmana na fortificação portuguesa dos fins da Idade Média.







Fotos: daqui

sábado, 27 de março de 2021

Lenda do Castelo de Bragança

 

Portugal é um país extremamente rico em estórias e mitos antigos que inspiram costumes e superstições. São às centenas as lendas portuguesas, contos, ditos e crenças populares que fazem da nossa cultura tão rica e interessante. De lobisomens a fadas, bruxas a sereias, fantasmas e almas-penadas a milagres de santos, não há criatura que o nosso folclore não inclua….



Lenda do Castelo de Bragança


Quando a cidade de Bragança era ainda a aldeia da Benquerença, existia uma princesa bela e órfã que vivia com o seu tio, o senhor do Castelo. 

A princesa tinha-se apaixonado por um jovem nobre e valoroso, mas pobre, que também a amava, e que tinha partido para procurar fortuna, prometendo só voltar quando se achasse digno de a pedir em casamento. 

Durante muitos anos a princesa recusou todas as propostas de casamento até que o tio resolveu forçá-la a casar-se com um nobre cavaleiro seu amigo. 

Quando a jovem foi apresentada ao cavaleiro decidiu contar-lhe que o seu coração era do homem por quem esperava há 10 anos, o que encheu de cólera o tio que resolveu vingar-se. 

Nessa noite, o senhor do Castelo disfarçou-se de fantasma e entrando por uma das duas portas dos aposentos da princesa, disse-lhe que esta seria condenada para sempre se não acedesse a casar com o cavaleiro. 

Quando estava a ponto de a obrigar a jurar por Cristo, a outra porta abriu-se e, apesar de ser de noite, entrou um raio de sol que desmascarou o falso fantasma. 

A partir de então a princesa nunca mais foi obrigada a quebrar a sua promessa e passou a viver recolhida numa torre que ficou para sempre lembrada como a Torre da Princesa. As duas portas ficaram a ser conhecidas pela Porta da Traição e a Porta do Sol.

Cividade de Terroso.

 



A Cividade de Terroso foi um povoamento localizado em Povoa de Varzim, Portugal. Conhecida na Idade Média como Montis Teroso, foi fundada no topo do Monte da Cividade, na Freguesia de Terroso, a 153 metros de atura onde há registros de ocupação entre 800 a.C. e III d.C.

A Cividade de Terroso é um castro extremamente fortificado por três muralhas compostas por grandes blocos. Sua população ocupava-se com a agricultura, pesca, pastoreio e trabalhos em metais, têxteis e cerâmicas. Os castrejos praticavam a incineração de seus mortos em fossas e posteriormente no exterior de suas casas.

 


 A Cividade de Terroso foi um dos mais importantes povoados da cultura castreja do noroeste da Península Ibérica, localizando-se na freguesia de Terroso, no concelho de Póvoa de Varzim, no distrito do Porto.

Este sítio arqueológico, conhecido na Idade Média como Montis Teroso, foi erigida no cimo do monte da Cividade, a 153 metros de altitude,no limite nascente da cidade. A Cividade de Terroso foi ocupada desde o século IX-VIII a.C. até ao século I-II d.C. Desde 1961 que o local está classificado como Imóvel de Interesse Público.

 


História da Cividade de Terroso

O povoamento deste local terá decorrido na Idade do Bronze entre 900 e 800 a.C., fruto da deslocação das populações residentes na planície fértil de Beiriz e na Várzea da Póvoa de Varzim. Estes dados são comprovados por vestígios arqueológicos recolhidos em 1981, o que permite perceber que este é um dos castros mais antigos, tal como a Citânia de Santa Luzia.

O castro teve relações comerciais importantes com várias civilizações do mediterrâneo, destacando-se o domínio cartaginês do sudeste da Península Ibérica. Mais tarde, os romanos tomaram conhecimento da riqueza de ouro e estanho nesta região e o assassinato de Viriato em 138 a.C. abriu caminho para as legiões romanas. Décimo Junio Bruto liderou uma campanha para dominar a região castreja e destruiu completamente a Cividade de Terroso.

Algum tempo mais tarde a Cividade foi reerguida, romanizada e integrada no Império Romano. Na planície litoral foi criada uma vila, propriedade de uma família romana, a que se terá juntado o povo castrejo. Assim surgiu a Vila de Euracino. A atividade piscatória desenvolveu-se com a cetária, um complexo fabril romano de salga e transformação de pescado.

Rocha Peixoto realizou os primeiros trabalhos arqueológicos na Cividade entre 1906 e 1907. Após a sua morte, as escavações em Terroso apenas foram retomadas em 1980. A Câmara Municipal da Póvoa de Varzim tem apoiado os trabalhos arqueológicos, assim como os trabalhos de conservação e limpeza da estação. Os resultados das pesquisas estão expostos na Sala de Arqueologia do Museu Municipal de Etnografia e História da Póvoa de Varzim.

 


Características

A fortificação é a principal característica dos castros. Os habitantes optavam por passar a viver no monte como forma de se protegerem contra saques e pilhagens, bem como ataques de rivais. Sendo erguida a 152 metros de altitude, a cividade permitia uma posição de vigilância da região. 

O lado norte estava bloqueado pelo monte de São Félix, onde terá surgido o Castro de Laundos, também serviu de proteção. A passagem de Túrdulos e Célticos motivou a melhoria dos sistemas defensivos dos castros por volta de 500 a.C. Assim, a Cividade de Terroso foi um dos castros mais fortificados, uma vez que a acrópole estava circundada por três cinturas de muralhas que terão sido construídas em diferentes fases.

As muralhas eram feitas de grandes blocos sem argamassa e estavam adaptadas às características do monte. As faces de acesso mais fácil tinham muralhas altas, largas e resistentes e as que se encontravam num terreno com declives abruptos eram menos cuidadas. A entrada que interrompia a muralha tinha um lajeado de cerca de 1,70 metros de largura. No interior dos anéis de muralhas ainda é possível observar ruínas de grande diversidade, nomeadamente os recintos funerários.

Cada um dos quadrantes da Cividade está dividido em núcleos em torno de um pátio familiar e divididos por duas ruas principais que se intercruzam. Estima-se que, no seu apogeu, a cividade teria cerca de 12 hectares e várias centenas de habitantes.

A urbanização da Cividade passou por várias fases:

 
Fase 1: as habitações eram à base de elementos vegetais misturados com barro


Fase 2: as primeiras construções em pedra surgiram no século V a.C.


Fase 3: já no período romano, deu-se uma reorganização urbana, com recurso a novas técnicas construtivas

Em alguns locais da Cividade foram descobertos vestígios de esgotos ou caneiros que tinham como objetivo encaminhar as águas das chuvas.

As principais atividades da população local eram a agricultura de cereais (trigo e cevada) e leguminosas (fava), a pesca, a pastorícia e ainda trabalhos com metais, têxteis e cerâmica.


Núcleo Interpretativo da Cividade de Terroso

 
Património

 
Rua da Cividade de Terroso, Póvoa de Varzim
41.41234722222224 -8.723177777777751

Este edifício dispõe de um pequeno auditório/sala de projeções e uma área de receção onde se faz uma breve apresentação do espaço da Cividade de Terroso, uma das mais importantes estações arqueológicas da Cultura Castreja no Noroeste Peninsular.
Morada: Rua da Cividade de Terroso
Telefone: +351 252 692 515
E-mail: museu@cm-pvarzim.pt

Camisolas Poveiras

 


A Camisola Poveira é o traje de romaria e festas da Póvoa de Varzim, Porto. Antigamente, eram utilizadas pelos pescadores para se protegeram do frio, dado que são camisolas de lã, bastante quentes.

As cores utilizadas são três: branco (a cor da malha), o vermelho e o preto (bordadas a ponto cruz na camisola).



 

Esta peça integrava o traje masculino de romaria e festa do pescador poveiro.

 

 



Com a grande tragédia de 27 de Fevereiro de 1892” em que morreram 105 pescadores à entrada da barra de Póvoa de Varzim, “o luto decretou a sentença de morte deste traje branco. A camisola sobreviveu, ainda, pela primeira metade do século, mantendo-se como peça de luxo de velhos e novos.
“A camisola poveira era inicialmente (1ª metade do século XIX) feita em Azurara e Vila do Conde e bordada na Póvoa pelos velhos pescadores. Em evolução, passou a ser bordada pelas mães, esposas e noivas dos pescadores, e, depois feita e bordada na Póvoa.

A recuperação do vistoso e original traje branco deveu-se a Santos Graça que, ao organizar o Grupo Folclórico Poveiro, em 1936, o ressuscitou e divulgou.”

 


Hoje em dia, as camisolas poveiras, são produzidas por artesãs poveiras que destinam a sua produção às casas de artigos regionais. No entanto, o traje deixou de ser utilizado pelos pescadores, tendo hoje um fim meramente turístico.

 

 


Vila Nova de Foz Côa... Capital da Amendoeira em Flor

 


Esta vila do interior do país está situada num planalto na região da "terra quente", assim denominada devido ao calor abrasador que aqui se vive nos meses de verão.

Ganhou maior importância devido à descoberta de um conjunto de gravuras rupestres nas margens do Rio Côa, cuja data remonta ao Paleolítico Superior. Com efeito, o vale do Rio Côa constitui um local único no mundo por apresentar o maior conjunto de figurações paleolíticas de ar livre até hoje conhecidas. Em 1998 foram classificadas como património mundial pela UNESCO.
 
 
 











 



O valor Patrimonial do concelho de Foz Côa é grande, numa zona de grande interesse arqueológico, tendo mesmo sido descobertos e classificados cerca de 195 sítios. 

Região maioritariamente agrícola, é também conhecida como a “Capital da Amendoeira”, devido à grande densidade desta árvore no concelho, em parte derivada do especial microclima de cariz mediterrânico que aqui se faz sentir.

Por todo o concelho existem Aldeias Rurais, xistosas, onde a tradição e costumes ainda imperam.
Poderá visitar castelos, castros, igrejas, capelas, pelourinhos, solares e pontes e estradas romanas.

A gastronomia fozcoense é bastante apaladada e rica em pratos variados, entre os produtos vindos dos férteis solos locais, como vegetais e fruta bem fresca, e o afamado vinho, como o famoso “Barca Velha”.



 




Pontos de interesse

» Museu do Côa, Vila Nova de Foz Côa
» Parque Arqueológico do Vale do Côa: Núcleo da Penascosa - freguesia de Castelo Melhor, Núcleo da Ribeira de Piscos - freguesia de Muxagata, Núcleo da Canada do Inferno- Vila Nova de Foz Côa
» Igreja Matriz de Vila Nova de Foz Côa
» Estações Arqueológicas e Museu da casa grande-Vila de Freixo de Numão
» Castelo de Numão-freguesia de Numão
» Miradouro de São Martinho-freguesia de Seixas
» Miradouro da Serra-Freguesia de Touça
» Castelo de Marialva
» Capela de Santa Quitéria (Sinagoga)
» Muro dos namorados- Castelo Melhor





Foto 1 @ Foz Côa ©CO

Cabo Sardão - O Reino da Cegonha Branca

 


Sabem onde fica o reino da cegonha branca? O único sítio onde as cegonhas fazem ninhos sobre o mar? No ponto mais ocidental da costa alentejana: o Cabo Sardão. 

 



Entre Almograve e a Zambujeira do Mar fica o ponto mais ocidental da costa alentejana. Guardado por um farol, sentinela do Cabo Sardão, este é um lugar de reconciliação absoluta com a paisagem terrestre e marítima.


 

Não é possível ficar indiferente perante as imponentes escarpas cavadas a pique em direcção a um mar possante e ao mesmo tempo sereno, ou confrontado com um horizonte de planícies infindáveis, cobertas por uma vegetação rasteira e verdejante.





Aqui, o mundo abranda até quase parar. A brisa diurna faz esquecer preocupações, correrias e más disposições. Aqui tudo é relativo. Só importa a comunhão dos sentidos. A beleza esmagadora e a paz inebriante vão "obrigá-lo" a uma introspecção, a um abandono do supérfluo, a uma demanda fácil da felicidade. Esqueça o tempo. Faça tudo ao ritmo do voo planado de uma ave, do ar ameno, do andar mole e relaxado dos habitantes. Enfim, adaptando um ditado já muito antigo, no Alentejo, faça como os alentejanos.




 

 




Neste ambiente tão propício o céu é invadido por milhões de pontos brilhantes de luz, estrelas invisíveis na urbe, constelações mágicas.

Este é um sítio de passagem ao longo da estrada costeira que liga Almograve à Zambujeira. Para atingir o Cabo Sardão passamos pelo Cavaleiro, aldeia pouco badalada, mas onde a pesca à linha do Sargo tem uma presença constante e os Percebes têm mais sabor que em qualquer outro sítio da Costa Sudoeste. Caminhe até ao imponente farol, construído em 1915, com uma torre de 17 metros de altura, quadrangular de alvenaria e com lanterna cilíndrica vermelha.


Mais adiante, junto à falésia, pode admirar os veios cravados nas paredes rochosas, as ilhotas semeadas aqui e ali ao longo da costa, os muitos casais de cegonha-branca que só aqui e apenas nesta costa escolheram o seu local de nidificação. No resto da Europa poderá encontrá-las, mas mais para o interior. Entre as aves típicas desta região, e se estiver atento, verá também falcões-peregrinos, gralhas-de-bico-vermelho e mais raramente francelhos. Acesso: consulte a página sobre Acessibilidades.

 















 





Fotos todos os direitos reservados:
 

Joaquim Coelho

 https://momentoseolhares.blogs.sapo.pt/ Jorge Soares

Rosa Ganboias

S Marques

M. Helena

sexta-feira, 26 de março de 2021

Joalharia Portuguesa

 



História da Joalharia Portuguesa


Portugal, país de seculares tradições na arte da Joalharia Portuguesa, conta com uma valiosa herança de jóias de beleza intemporal.

As Descobertas marítimas dos Portugueses foram determinantes no grande desenvolvimento do sector Joalheiro em Portugal.

As gemas vindas do Oriente já no séc. XV, e mais tarde, no séc. XVIII, a grande afluência de ouro, diamantes, pedras preciosas e semipreciosas vindas do Brasil, enriqueceram a metrópole levando a nobreza e outras classes que entretanto prosperavam, à procura crescente de luxuosas jóias quer para ostentação de riqueza e estatuto social, quer como forma de entesouramento.

Esta abundância de metais e pedras preciosas e a enorme valorização das jóias, levaram à criação de grandes mestres de ourivesaria e pedraria que revolucionaram o conceito e as técnicas das jóias fabricadas entre os finais do séc. XVIII e inícios do séc. XIX, colocando Portugal numa posição de destaque no panorama da produção de Joalharia na Europa.

 


 


 







Sabia que Portugal tem uma das maiores reservas de ouro do mundo? Na verdade, estamos entre os 15 países com maior stock desta preciosidade. Não à toa que o ouro português tem uma grande importância histórica e cultural no país.

Culturalmente, podemos encontrar a influência do ouro português nas tradicionais filigranas, joias carregadas de valor simbólico e muito delicadas, produzidas com uma técnica milenar tendo o ouro como uma das matérias primas.

Mas este metal precioso tem características muito próprias. As mesmas estão ligadas à sua pureza e preciosidade.


A verdade é que o ouro ainda é tido como um símbolo de poder e riqueza, como não poderia deixar de ser dada a raridade deste metal magnífico.

Ter uma jóia produzida com ouro português é ter uma peça valiosa e que certamente acompanhará muitas gerações.