Castro Marim
A silhueta elegante dos flamingos. O ouro da areia macia, o azul-turquesa das águas cálidas. As vastas extensões de serrania cobertas pelo colorido das flores silvestres. A paisagem serena das margens do Guadiana, onde vicejam pomares a hortas. Facetas de um concelho que se estende do mar até ao interior, tendo um rio como fronteira.
HISTÓRIA DO CONCELHO DE CASTRO MARIM
Datam do Neolítico (cerca de 5000 anos a.C.) os vestígios dos primeiros povoamentos, que prosseguiram na Idade dos Metais, possivelmente através de um castro localizado no monte onde se ergue o castelo.Nesse período, Castro Marim estava mais próximo do mar e constituía, segundo estudos geológicos realizados, uma ilha rodeada por águas baixas.Castro Marim foi, durante milénios, porto de abrigo dos navios que subiam o Guadiana para recolher os metais, sobretudo o cobre, extraídos de minas de Alcoutim e Mértola.
A presença fenícia e romana está documentada na área da vila que, durante o período da ocupação muçulmana, dispunha de uma estrutura de defesa identificada com o núcleo primitivo do atual castelo.Além dos transportes fluviais que fizeram a prosperidade de Castro Marim, a vila estava também ligada a Lisboa (próxima estrada romana que, paralela ao rio Guadiana, passava por Alcoutim, Mértola e Beja).
À reconquista cristã, em 1242, seguiu-se, ainda no séc. XIII, uma política de repovoamento e reforço das defesas, atendendo à posição estratégica da vila face à fronteira com o reino de Castela e aos ataques mouros vindos do Norte de África.
Justifica-se, assim, que o rei D. Dinis (1261-1325) tenha feito de Castro Marim a sede da Ordem de Cristo, criada para substituir a Ordem dos Templários, em 1319. Anos mais tarde, porém, a Ordem de Cristo foi transferida para Tomar. Dá-se, então, um período de decadência da vila e do seu termo, que viu reduzida a sua população.
Para contrariar esta evolução, o rei D. João I concede a Castro Marim, em 1421, o privilégio de ser “couto de homiziados” - local de desterro -, com vista a atrair novos habitantes. Privilégio que se manteve até quase ao final do séc. XVIII.Afastado do mar, com uma economia centrada durante séculos na pesca, na produção de sal, na agricultura e na construção de barcos, o concelho de Castro Marim atravessa um longo período de estagnação, quebrado nas últimas décadas por um crescente dinamismo
Visitar Castro Marim
No alto de um morro, o castelo; noutro, o forte em forma de estrela. Entre os dois espraiam-se as casas brancas de Castro Marim, de platibandas coloridas, açoteias e chaminés rendilhadas. Em volta, o castanho-escuro dos vistos, refrescado pelo azul do rio e pelos horizontes de mar.
Centro Histórico
Castro Marim tem casas que na sua singeleza refletem a típica arquitetura algarvia. O branco sempre predominante é quebrado, aqui e ali, por ocres e azuis luminosos. As platibandas dizem bem do gosto, pelas formas geométricas ou pelos motivos florais.
Sal e Salinas
Vistas de longe, as salinas lembram espelhos refulgindo ao sol e os montes de sal brancas pirâmides, recortando-se no azul do céu. Elas envolvem Castro Marim do lado do Guadiana, numa presença já secular.Visitar as salinas é a oportunidade de observar como, pela evaporação, os cristais se vão formando na água cada vez mais carregada de sal.
Os prazeres do sol e do mar
Praia Verde, Cabeço e Alagoa
Unidas por um largo e vasto areal, rodeadas pelo verde dos pinhais, as três praias têm equipamentos de apoio.
Fotos: https://wetravelportugal.com
Sem comentários:
Enviar um comentário