Basílica de Santa Novella em Florença
A Basílica de Santa Maria Novella é a sede dos dominicanos em Florença e uma das atrações mais visitadas da cidade. De uma beleza inegável, a fachada e as paredes do seu interior são autênticas obras de arte.
O edifício religioso e o mosteiro administrados pela ordem dominicana, fazem parte de um importante centro cultural que se encontra atualmente em requalificação.
Vindos de Bolonha os dominicanos estabeleceram-se em Florença em 1219 tendo como líder o frade Giovanni de Salerno.
A administração da Basílica de Santa Novella em Florença, que na altura era uma pequena igreja denominada de nome Santa Maria delle Vigne passou a ser feita pelos dominicanos em 1221. O nome devia-se à sua localização em terrenos agrícolas com muita vinha.
A 18 de outubro de 1279 durante a festa de São Lucas, com a bênção do cardeal Latino Malabranca Orsini, foi colocada a primeira pedra que iria dar origem a um novo edifício.
Uma obra controversa com projectos de dois frades dominicanos, Frade Sisto da Firenze e Frade Ristoro da Campi. A obra foi concluída em meados do século XIV, mas só foi consagrada em 1420 pelo papa Martin V, que residia na cidade.
Entre 1565 e 1571 foram feitas obras de remodelação por Giorgio Vasari que removeu o o recinto do coro e reconstruiu altares laterais, encurtando as janelas.
Entre 1575 e 1577 Giovanni Dosio construiu a capela de Gaddi. A Basilica sofreu novamente uma nova reforma entre 1858 e 1860, com projecto do arquiteto Enrico Romoli. Em 1999 o edifício sofreu uma importante restauração, sendo a fachada restaurada novamente entre 2006 a 2008.
A fachada em mármore da basílica de Santa Maria Novella é uma das obras mais importantes do Renascimento florentino. Foi terminada em 1920 voltando a ser intervencionada em 1350, onde se introduziram registos de mármore branco e verde, um projecto de Turino del Baldese que viria a falecer antes da obra terminada.
A partir de 1439 foi tentada em vão a conclusão da fachada, vindo somente vinte anos depois a consagrar-se pelas mãos de um comerciante rico (Giovanni Rucellai) que pagou a sua conclusão incumbindo o projeto ao seu arquiteto Leon Battista Alberti.
Entre 1458 e 1478, foram introduzidos novos materiais e harmonizados os já existentes, construiu-se o portal clássico inspirado no Panteão, e fizeram-se novas decorações.
Os claustros
O mosteiro de Santa Maria Novella encontra-se do lado esquerdo da basílica tendo dois claustros que só por si já merecem a visita.
Claustro verde
O Chiostro Verde (claustro verde) encontra-se atrás da entrada e foi construído entre 1330 e 1350, nas suas paredes encontram-se frescos do século XV com cenas do Antigo Testamento, da autoria de Paolo Uccello. O tom verde predominante nos frescos deram o nome ao claustro, mas infelizmente as cheias de 1966 danificaram irremediavelmente as pinturas.
No claustro podemos ainda encontrar a Cappellone degli Spagnoli (Capela dos Espanhóis), o refeitório e a antiga Sala do Capítulo onde no século XVI, se reuniu a corte espanhola de Eleonora de Toledo, esposa de Cosimo I de Medici.
Do Claustro Verde temos acesso ao Claustro dos Mortos decorado com frescos do século XIV e à Capela Strozzi.
Grande Claustro
Ao lado da Capela dos Espanhóis encontramos o Grande Claustro, construído entre 1340 e 1360.
Nas paredes podemos apreciar frescos com cenas que relatam a vida de vários santos dominicanos.
O Interior da Basílica
O magnifico interior da Basílica foi planeado ao detalhe. Um espaço amplo de 99 metros de comprimentos com três naves com abóbadas decoradas com arcos verdes e brancos. As paredes ostentam frescos com cenas da vida cotidiana de Florença na Alta Idade Média.
Entre as obras-primas da basílica, destaca-se o crucifixo de Giotto, que sofreu um restauro que demorou 12 anos, voltando a ser colocado na basílica em 2001, e o fresco “ Trindade, de Masaccio” , uma obra-prima renascentista.
As Capelas
Capela Maggiore
Nesta capela, destaca-se o Crucifixo de Giambologna no altar principal e os frescos de Domenico Ghirlandaio sobre a vida da Virgem e de São João adaptadas ao cotidiano da Florença renascentista. À esquerda encontra-se a Capela Strozzi, totalmente decorada com magníficos frescos do século XV de Filippino Lippi, do século XV, que relatam as diferenças entre o cristianismo e o paganismo.
Capela Gondi
Esta capela foi projetada por Giuliano da Sangallo e ostenta um crucifixo de madeira de Brunelleschi. Destacam-se também numerosos vitrais dos séculos XIV e XV.
A torre campanária
Com 69 metros de altura, a torre campanária construída em 1330 conta com cinco sinos.
Com 69 metros de altura, a torre campanária construída em 1330 conta com cinco sinos.
O cemitério
O cemitério encontra-se do lado direito da Basílica. Aqui encontram-se sepultados florentinos ricos. Nos muros que rodeiam o cemitério, podemos ver nichos feitos à semelhança da fachada da igreja, os nobres florentinos foram enterrados. Cada nicho tem o brasão da família do nobre sepultado.
Missas
As missas continuam a ser celebradas na Basílica por frades dominicanos.
Localização
Piazza di Santa Maria Novella
Horário
De outubro a março:
Segunda a quinta: das 9:00 às 17:30 horas.
Sexta: das 11:00 às 17:30 horas.
Sábado: das 9:00 às 17:30 horas.
Domingo: das 13:00 às 17:30 horas.
De abril a junho:
Segunda a quinta: das 9:00 às 19:00 horas.
Sexta: das 11:00 às 19:00 horas.
Sábado: das 9:00 às 17:30 horas.
Domingo: das 13:00 às 17:30 horas.
De julho a agosto:
Segunda a quinta: das 9:00 às 19:00 horas.
Sexta: das 11:00 às 19:00 horas.
Sábado: das 9:00 às 18:30 horas.
Domingo: das 12:00 às 18:30 horas.
Setembro:
Segunda a quinta: das 9:00 às 19:00 horas.
Sexta: das 11:00 às 19:00 horas.
Sábado: das 9:00 às 17:30 horas.
Domingo: das 12:00 às 17:30 horas.
Preço
O bilhete dá acesso à Basílica, ao Museu , aos claustros e à Capela dos Espanhóis.
Adultos: 7,50 €
Jovens até aos 18 anos: 5,00 €
Crianças com menos de 11 anos e idosos: Entrada gratuita.
Perto da Basílica podemos visitar:
Battistero di San Giovanni (480 m)
Piazza del Duomo (503 m)
Campanile de Giotto (534 m)
Catedral de Florença (561 m)
Museo dell'Opera del Duomo (694 m)
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