quarta-feira, 13 de janeiro de 2021

Na aldeia da Castanheira as Pedras dão à luz.... um fenómeno de granitização, único no país e raríssimo no mundo inteiro.

 


Quem sobe para a Serra da Freita em Arouca, está longe de imaginar que no seu planalto irá encontrar tantas maravilhas de Portugal, paisagens, gado de raça caprina e bovina apascentar livremente pelos montes, um rico património natural e geológico e as suas aldeias serranas de Albergaria da Serra, Cabaços, Merujal e Castanheira, onde até as inférteis pedras dão à luz e são chamadas parideiras.


Pedras Parideiras é o nome dado a um fenómeno de granitização, único no país e raríssimo no mundo inteiro. Para além de Portugal, apenas há conhecimento da existência deste fenómeno geológico numa zona próxima de São Petersburgo, na Rússia.


Esta “pedra-mãe”, que data de há mais de 280 milhões de anos, é um afloramento granítico onde estão incrustados pequenos nódulos em forma de discos biconvexos e que têm entre 2 e 12cm. Oscilações térmicas ou os efeitos da erosão fazem com que esses nódulos sejam libertados da rocha-mãe e se espalhem à sua volta, deixando marcado nela o seu vazio, em baixo-relevo. Estas pequenas “pedras-paridas” são compostas pelos mesmos elementos mineralógicos do granito, a camada externa é composta por biotite (mineral de aspecto escuro e brilho metálico) e a interna possui um núcleo de quartzo e feldspato potássico.

 


Nesta região portuguesa, as Pedras Parideiras simbolizam a fertilidade na tradição ancestral. As populações locais crêem que o colocar de uma das pequenas pedras-filhas debaixo da almofada de dormir, pode aumentar a fertilidade.


O fenómeno não está completamente explicado cientificamente e por isso levanta grande curiosidade e até crenças locais. Na Castanheira, a Casa das Pedras Parideiras – Centro de Interpretação, aberta ao público em 2012, faz a contextualização geológica e pedagógica do fenómeno, e organiza visitas ao local.

 


 



O Arouca Geopark é um território onde se chega e fica. Onde a descoberta começa com a viagem. Não muito longe de eixos viários como a A1 e a A32 (a oeste), a A4 (a norte), a A24 e a A25 (a sul), a uma hora de carro das cidades de Aveiro e do Porto, a cerca de uma hora e meia das cidades de Coimbra, Viseu e Braga, a praticamente duas horas das cidades da Guarda e de Vila Real, e a três horas de Lisboa, está um destino único, inesquecível, onde vai querer voltar para descobrir novas surpresas.

Depois de deixar as vias principais (autoestradas), as estradas nacionais EN225 e a EN326 são as melhores alternativas para chegar ao Arouca Geopark.

Sentido Norte/Sul


(A1)

Saída: Santa Maria da Feira/São João da Madeira/Vale de Cambra/Arouca

Depois de sair da A1, o tempo estimado de viagem até ao Arouca Geopark é de 40 minutos.

(A32)

Saída: Carregosa/Pindelo/Vale de Cambra/Arouca

Depois de sair da A32, o tempo estimado de viagem até ao Arouca Geopark é de 40 minutos.

Sentido Sul/Norte


(A1)

Saída: Estarreja/Oliveira de Azeméis/Vale de Cambra/Arouca

Depois de sair da A1, o tempo estimado de viagem até ao Arouca Geopark é de 45 minutos.

Sentido Este/Oeste


(A25)

Saída: Porto (A1) – Estarreja/Oliveira de Azeméis/Vale de Cambra/Arouca

Depois de sair da A25, o tempo estimado de viagem até ao Arouca Geopark é de 45 minutos.

(EN225)


Cinfães/Castro Daire/Castelo de Paiva

Dependendo do local de partida, o tempo estimado de viagem até ao Arouca Geopark pode variar entre 30 e 60 minutos.













Foto: http://cienciamove.blogspot.com/2010/06/pedras-parideiras-arouca.html

Sem comentários:

Enviar um comentário