O primeiro Museu do Holocausto na Península Ibérica situa-se na Rua do Campo Alegre no Porto. Inaugurado a 20 de Janeiro de 2021, é tutelado por membros da Comunidade Judaica do Porto, cujos familiares foram vítimas do Holocausto.
O Museu do Holocausto do Porto, retrata a vida judaica antes, durante e após o Holocausto – desde a expansão do nazismo na Europa, aos guetos, os refugiados, os campos de concentração, de trabalho e de extermínio, até à libertação e ao pós-guerra, a história é contada pelas suas vítimas.
Neste novo espaço museológico existirá uma reprodução dos dormitórios de Auschwitz (campo de concentração), assim como uma sala de nomes, um memorial da chama, cinema, corredores com a narrativa completa e fotografias e ecrãs exibindo filmes reais sobre o antes, o durante e o depois da tragédia.
Tutelado por membros da Comunidade Judaica do Porto cujos pais, avós e familiares foram vítimas do Holocausto, o Museu do Holocausto no Porto desenvolverá parcerias de cooperação com museus do Holocausto em Moscovo, Hong Kong, Estados Unidos e Europa, contribuindo para “uma memória que não pode ser apagada”.
O curador do Museu do Holocausto do Porto, o museólogo Hugo Vaz, diz que “são esperados cerca de 10 mil alunos por ano, o mesmo número que, antes da pandemia, costumava visitar a Sinagoga”.
O museu irá investir no ensino, na formação profissional de educadores, bem como na promoção de exposições, encorajando e apoiando a investigação.
A construção do Museu do Holocausto no Porto contou com um donativo substancial de uma família sefardita portuguesa do Sudeste da Ásia que foi vítima de um campo de concentração japonês durante a Segunda Guerra Mundial”, de acordo com os responsáveis da CJP.
Em 2013, a Comunidade Judaica do Porto (CJP) partilhou com o Museu do Holocausto de Washington todos os seus arquivos referentes a refugiados que passaram pela cidade portuense.
Estes arquivos, agora regressados à cidade, incluem documentos oficiais, testemunhos, cartas e centenas de fichas individuais. No Museu estarão ainda expostos dois Sifrei Torá (rolos da Torá) oferecidos à sinagoga do Porto por refugiados que chegaram à cidade com as suas vidas desfeitas.
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